terça-feira, 13 de dezembro de 2016

A Versificação Em Língua Portuguesa * Manuel Bandeira - Delta Larousse

A VERSIFICAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA
Manuel Bandeira
Separata da 
Enciclopédia Delta Larousse
Rio de Janeiro - Brasil
file:///C:/Users/c/Downloads/BANDEIRA%20Manuel%20-%20A%20versifica%C3%A7%C3%A3o%20em%20l%C3%ADngua%20portuguesa(2).pdf 
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segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Tratado de Versificação / Olavo Bilac * Antonio Cabral Filho - RJ

Tratado de Versificação / Olavo Bilac/Guimaraens Pessoa
 Capa da edição de 1953
Capa da edição de 1956
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Bom meus amigos, há muito que me pergunto se devia expor aqui um livro desse quilate, um livro que coloca o problema da poesia em formas fixas de modo até doutrinário, pois é público e notório que Olavo Bilac e sua turma parnasiana só aceitava poesia em forma clássica.
Mas ocorre que o melhor caminho para se dominar um assunto é pegá-lo de frente, encará-lo com vontade, e quem desejar tirar proveito desses "cedeefes" da poesia, deve estraçalhar com essa dupla aí. 
Este link a seguir é da Brasiliana, enciclopédia da USP, dedicada a literatura brasileira e devido a sua credibilidade, quero lhes oferecer esta fonte:
http://www.brasiliana.usp.br/handle/1918/00292800#page/34/mode/1up 
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sexta-feira, 15 de julho de 2016

Oficinas Literárias / Estação Das Letras * Antonio Cabral Filho - RJ

Estação Da Letras / Oficinas Literárias / Suzana Vargas
Algo sobre
Estação Das Letras
criado e dirigido pela Professora Suzana Vargas, é o único empreendimento carioca focado na literatura e na sua produção. Seu currículo chega a dar sugestões a muitas universidades, no sentido de que ampliem suas grades de matérias e tornem seus cursos de letras mais interessantes.
Qualquer interessado em estudar um determinado segmento da literatura, da língua portuguesa e/ou da produção editorial, pode buscar a Estação Das Letras através do seu site
http://estacaodasletras.com.br/ pois terá opções das mais variadas formas, com atendimento presencial ou virtual.
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quinta-feira, 12 de maio de 2016

Poesia Não É Difícil / Carlos Felipe Moisés * Antonio Cabral Filho - RJ

Poesia Não É Difícil
Carlos Felipe Moisés

Confira...

1. A hiperexposição de tudo o que pensamos, sentimos, imaginamos, no tempo real das redes sociais, blogs etc., obriga a poesia a procurar outra coisa para fazer? Se não, por que a poesia não se confunde com isso? Se sim, que outra coisa seria essa?
No enredo proposto, “hiperexposição” é o vilão da história, protagonista, mas haverá enredos em que não seja sequer figurante, podendo até nem se manifestar. No primeiro caso, a tirania expositiva comanda o espetáculo e obriga a poesia ou a dançar conforme a música ou a sair de cena. No segundo, nada obriga a poesia a nada: o enredo terá o alcance que o poeta lhe der, para além do que a exposição, a posteriori, lhe conferisse. Isso só ganha contornos dramáticos, ou tragicômicos, quando a poesia incorpora a hiperexposição aos seus propósitos, e a obrigação vira objeto de desejo, cobiçosamente buscado.
Se estiver plugado o tempo todo, bom para você, é exposição garantida; se não estiver, você não existe. Se isso vale para tudo quanto você imagina, por que não valerá para a poesia? Logo, seja porque se sente obrigado, seja porque o assumiu de bom grado, hiperexponha-se! Só não espere que o tempo e o trabalho gastos para conceber o seu enredo sejam proporcionais ao que seus leitores lhe dedicarão. Hipererxposição pede objetos que possam ser percebidos instantaneamente e logo descartados, para que tudo recomece do zero no dia seguinte. Ou no instante seguinte. (Mas, se isso fosse verdade absoluta, as perguntas teriam no máximo 140 caracteres e minhas respostas seriam do mesmo tamanho.) É por isso que, nas redes sociais, a poesia passa despercebida. Ela pode estar lá, ou ontem estava, hoje já não está, mas tanto faz: ninguém presta atenção, só passa os olhos. É que prestar atenção toma tempo, dá algum trabalho. Se ninguém tem tempo nem quer ter o trabalho de se concentrar em nada, por que a poesia havia de ser exceção? Se a meta é a hiperexposição, pensar, sentir e imaginar só atrapalham.
Afinal, nada de novo. Você tem notícia de algum momento na história em que o sistema, as coisas, o mundo fossem favoráveis à poesia? Poesia sempre esteve na contramão. Se não estiver, será outra coisa. Por que alimentar ilusões? É só resistir, com raiva ou com humor, até onde der, lançando mão de todas as armas à sua disposição, inclusive as proporcionadas pelas redes sociais.
Segue...
https://tarsodemelo.wordpress.com/2015/03/27/sobre-poesia-ainda-carlos-felipe-moises/ 
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quinta-feira, 28 de abril de 2016

POESIA.NET 352 * Carlos Machado - Editor



Número 352 - Ano 14
São Paulo, quarta-feira, 27 de abril de 2016
poesia.net header
«Os anjos e os poetas são os únicos que não riem dos loucos.» (Mario Quintana)  *
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Carlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de Andrade


Amigas e amigos,

Esta edição do boletim surgiu no bojo de uma discussão sobre poesia, travada por e-mail, com o poeta Fernando Campanella, de Pouso Alegre-MG, em outubro de 2014. Numa troca de ideias, acabei escrevendo os comentários abaixo a respeito do soneto "Leão-marinho", de Carlos Drummond de Andrade. Reencontrei o e-mail recentemente e achei que poderia compartilhar aqueles comentários com os leitores do poesia.net.

•o•
Visitemos o "Leão-marinho".

Primeiro, com cerimônia (suspendei, voltai), o poeta anuncia a pesença do leão-marinho — uma criatura inusitada nos mares tropicais.

Num segundo movimento, o poeta diz por que essa cerimônia e também explica o motivo de pedir a atenção de banhistas e pescadores. É um leão-marinho extraviado, perdido. Que faz o animal? Procura saber por que nos lançamos — nós, humanos — a um mar que não existe.

Até agora, a chamada de atenção e o anúncio do leão-marinho eram perfeitamente naturalistas. Mas, quando se trata de saber o que o animal estaria fazendo, surge o primeiro estranhamento. O mar não existe? Talvez o poeta use mar, aí, como símbolo de felicidade, de plenitude.

Deve-se, também, prestar atenção aos parênteses no primeiro terceto. A não existência do mar, de certo modo, está condicionada a certos momentos pessoais do ser humano, como quando a vida lhe dói... Também é de se notar que não é "o mar" que não existe, porém "da terra (...) nos lançamos a um mar que não existe". Um mar.

•o•
O monstro que emergiu do oceano é doce e exala uma forma oprimida de carinho. Isso está dito no segundo quarteto e é reforçado no final do poema. Além de inspirar carinho, o animal espera algo. Aqui o poeta atribui sentimentos humanos ao visitante oceânico e nos torna, cada vez mais, próximos dele. Portanto, não há mais cerimônia. No último verso, a transformação se fecha. O leão-marinho está dentro de nós. E é triste.

Drummond é diabólico nessas passagens abruptas, sem aviso, do rés do chão para a transcendência. Ele adora esses procedimentos, essa mistura do concreto com o abstrato: "Perdi o bonde e a esperança". "Melancolias, mercadorias espreitam-me".

Do ponto de vista formal, "Leão-marinho" é um soneto clássico, decassilábico. As rimas são todas toantes, embora a última seja consoante e banalíssima: existe/triste. Mesmo assim, todo o contexto conduz à riqueza de expressão. Sobre as rimas toantes, tendo a achar que elas são mais sofisticadas e até mais difíceis, uma vez que, de certo modo, são construídas com o intuito de "não rimar". Ou quase isso.

Enfim, tem-se aí um soneto todo escrito em conformidade com as regras clássicas, porém moderno, movimentado, marcado pelas inquietações e angústias existenciais de hoje. Suponho que esse poema (publicado no livro A Vida Passada a Limpo, de 1959) talvez abrigue em si algo de crônica. É provável que tenha partido do verdadeiro surgimento de um leão-marinho em alguma praia carioca. Volta e meia, desorientados, representantes dessa espécie aparecem no litoral fluminense.

•o•
Ainda a propósito da afirmação de que o mar não existe. Creio que o poeta, com esses aparentes atentados à lógica formal, quer chamar a atenção para as outras possibilidades, as estranhezas que se escondem atrás das certezas que estão plantadas como rochedos em nossa cabeça.

Em "Especulações em torno da palavra homem", ele pergunta: "Mas existe o homem?". Pois é. Uma forma de sacudir o leitor (e a si mesmo) dizendo: pense! Certamente, o ser humano — enquanto categoria bem determinada, que seria isso, isso e aquilo — não existe. Esse homem, ou mulher, não existe: é mera abstração.

E atente-se bem: Drummond só introduz essa pergunta ("Mas existe o homem?") ao fim de uma longa série de especulações. Quer dizer, depois de ter mexido em tudo sobre a vida e a morte, a mentira e a verdade. Nesse caso, não dá para dizer que a pergunta é feita de chofre. Ela vem sendo preparada lentamente, em fogo brando, ao longo de 36 tercetos indagativos.

Um abraço, e até a próxima.

Carlos Machado

•o•

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O leão-marinho dentro de nós
Carlos Drummond de Andrade

Alyssa Monks - Miragem - 2014
Alyssa Monks, americana, Miragem (2014)




Leão-marinho

Suspendei um momento vossos jogos
na fímbria azul do mar, peitos morenos.
Pescadores, voltai. Silêncio, coros
de rua, no vaivém, que um movimento

diverso, uma outra forma se insinua
por entre as rochas lisas, e um mugido
se faz ouvir, soturno e diurno, em pura
exalação opressa de carinho.

É o louco leão-marinho, que pervaga,
em busca, sem saber, como da terra
(quando a vida nos dói, de tão exata)

nos lançamos a um mar que não existe.
A doçura do monstro, oclusa, à espera...
Um leão-marinho brinca em nós, e é triste.


           De A Vida Passada a Limpo (1959)





Alyssa Monks, Despertada (2016)
Alyssa Monks, Despertada (2016)



Alyssa Monks - Despertada - detalhe
Alyssa Monks, Despertada (2016), detalhe



Alyssa Monks - Lábios (2008)
Alyssa Monks, Lábios (2008)




poesia.net
www.algumapoesia.com.br
Carlos Machado, 2016


Carlos Drummond de Andrade
   "Leão-marinho"
   In Poesia Completa
   Nova Aguilar, Rio de Janeiro, 2003
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* Mario Quintana, "E Quando Se Aproximou a Hora", in Caderno H (1973)
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* Imagens: quadros de Alyssa Monks (1977-), pintora americana contemporânea
   

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domingo, 3 de abril de 2016

Filosofia e Poesia * Antonio Cabral Filho - Rj

Filosofia E Poesia
Weber DMX
http://weberdmx.blogspot.com.br/2012/04/manuel-bandeira.html 
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É só um blog, de alguém chamado Weber DMX, mas vejam como ele aborda poesia, sobretudo, Manuel Bandeira. acessem...
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